Monday, July 17, 2006

Noites Ritual Rock 2006

A música portuguesa volta aos Jardins do Palácio de Cristal, na 15º edição das Noites Ritual Rock. Como manda a tradição, vai-se realizar no último fim-de-semana de Agosto (25 e 26) e conta com algumas presenças já habituais. Novamente, os espectáculos serão divididos por dois palcos que se enchem com as apostas mais recentes no panorama nacional. Os bilhetes custam 12 euros, mas, visto que se festejam 15 anos de festival, quem comprar entre o dia 17 de Julho a 18 de Agosto poupa 50% no valor da entrada.

Cartaz:

Sexta-Feira, 25 de Agosto
* Palco 1
* Palco Ritual (Noite Divergências)
Sábado, 26 de Agosto
* Palco 1
* Palco Ritual (Represent! Noite Hip Hop)
  • Ace
  • Maze
  • Dj Pasta, entre outros

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Sunday, July 16, 2006

Great Shakin' Fever - Porto-Rio

Está aí a segunda edição do Great Shakin' Fever, que decorre entre os dias 19 e 22 de Julho (quarta a sábado). Este evento volta a ser acolhido no bar Porto-Rio, reunindo vários grupos da cena rockabilly e do garage / surf. Os dois primeiros dias têm entrada cifrada em 5 euros, enquanto os dois seguintes (21 e 22 de Julho) valem 8 euros. Este é o cartaz do Great Shakin Fever.

19 de Julho
  • 00:00h - Western X

20 de Julho

  • 00:00h - High notes

21 de Julho

  • 23:00h - The Prostitutes
  • 00:00h - 49 special
  • 01:00h - Honky tonkie Boozers

22 de Julho

  • 23:00h - Dixie Boys
  • 00:00h - Texabilly rockets
  • 01:00h - Loveless cuisins

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Wednesday, July 12, 2006

Massive Attack - Coliseu do Porto

Depois de terem actuado dia 8, em Lisboa, no festival Hype @Tejo, os Massive Attack rumaram para o Norte, deliciando os seus fãs no Coliseu do Porto. Claro que depois de algumas críticas negativas relativamente a esta passagem por Portugal, as expectativas do público já não eram tão elevadas. Este grupo de Bristol, presença assídua nos palcos portugueses, continua a encher (não esgotou por pouco o Coliseu) as salas por onde passam. Tudo isto porque têm uma invulgar capacidade de proporcionar uma experiência diferente em cada concerto, consoante o cenário.
Já passava das 9.30h quando as luzes se apagaram e a música que entretinha o público parou. Num palco banhado por focos azuis entrou o tão esperado grupo de Trip-Hop, que iria ser a única banda a actuar. Choveram aplausos e, de repente, todo o recinto pareceu mais pequeno; aliás, muitas das pessoas que chegaram atrasadas tiveram de ir para a zona da tribuna, porque a plateia estava repleta. Tirando os muitos problemas técnicos (e sou uma leiga a falar disto), ao nível dos microfones e das duas baterias, principalmente, o espectáculo foi uma autêntica viagem que apesar de ter uma tonalidade deprimente e melancólica, fascinou pela beleza das melodias densas e pela electrónica humanizada.

Os britânicos Massive Attack vieram apresentar o seu último trabalho editado, "Collected", uma espécie de best of que revisita 15 anos de carreira e inclui uma ou outra novidade. Por isso mesmo, foram quase duas horas a recordar temas que durante anos deleitaram os presentes. As críticas também não eram nada positivas em relação ao concerto no Sudoeste em 2004 (se não estou em erro), o que parece compreensível: Massive Attack não é um bom projecto para festivais e a sua prestação acaba por ficar muito aquém do potencial dos seus discos. O Coliseu rapidamente ficou com um ambiente quase familiar, apesar da pouca (isto para não exagerar) interação entre os músicos com o público. Sobressaiu a iluminação; a banda quase que era ofuscada por uma espécie de muro de luzes que dava todo um aparato cénico, sem evidentemente distrair do elemento auditivo. O pior foi fotografar o concerto com todas aquelas luzes, era praticamente impossível. Todos os músicos se tornaram vultos. É ainda de realçar o "ataque massivo" de mensagens contra a guerra no Iraque. Já em 2002, a banda havia tomado uma posição pública sobre o estado de guerra que se vive na fronteira iraquiana e as intenções norte-americanas de intervir militarmente no país liderado por Saddam Hussein. Aliás, Robert "3-D" Del Naja chegou a deixar uma mensagem no site oficial da banda, manifestando-se contra a intenção dos Estados Unidos e pediu mesmo a unidade dos músicos britânicos para impedir a ida das tropas de Sua Majestade para aquela região do Médio Oriente. No muro luminoso foram, então, passando fugazmente números chocantes relativos a mortes de militares e ao dinheiro gasto na guerra.
Elizabeth Fraser destilou todo o seu poder vocal e demonstrou mais uma vez a fantástica intérprete que é. Não admira que "Teardrop" tenha sido evidentemente um dos momentos altos do concerto. Isto sem desprezar todas as outras participações que foram tão valiosas como as de Elisabeth. O público do Norte mostrou novamente como se recebe bem uma banda e calorosamente cantarolou alguns dos temas, acompanhou os ritmos com palmas, não poupou assobios às vozes que arrepiavam qualquer um e, após uma saída repentina do palco, bateu incansavelmente com os pés no soalho já antigo e estremeceu o Coliseu para mais uns minutinhos de viagem. E assim foi.
Entretanto, a banda de Bristol está também a preparar «Weather Underground», o próximo disco de originais. E (preparem-se) já está confirmada a participação de Mike Patton neste novo álbum!

Data: 10 de Junho 2006
Preço:
25 e 30 euros
Site Oficial: http://www.massiveattack.com/
Foto: Sara Santos Silva (a.k.a. Likas Meow)

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Tuesday, July 11, 2006

The Legendary Tiger Man - Teatro Campo Alegre


Na sequência da apresentação do livro "Pequenas estórias sem importância" da autoria do realizador de cinema de animação Pedro Serrazina, Paulo Furtado apresentou o seu mais recente trabalho, Masquerade, no Teatro do Campo Alegre. O Homem-Tigre, um dos grandes ícons da cena musical alternativa portuguesa, depois de Naked Blues e Fuck Christmas, I've got the Blues, lança um disco mais maduro, mas não menos provocador. Mantêm-se os territórios de pecado, luxúria e boémia; no geral, um ambiente laudânico e erótico, em que domina o prazer carnal. Quer as melodias, quer a voz, quer as curtas-metragens que "ilustram" as composições musicais de Paulo Furtado espelham isso mesmo.
No Café-Teatro do Campo Alegre não foi excepção. Num ambiente intimista e seguindo o conceito do one-man band (embora tenha contado com participações significativas na produção do álbum), Paulo Furtado deu mais um grande espectáculo como se esperava. Apesar de o público não ser exactamente o seu, pois a maior parte das pessoas que tinha reservado o bilhete o fizera apenas para assistir à apresentação do livro, anterior à actuação de Tiger Man, o músico ex-Tédio Boys e actual vocalista dos Wray Gunn actuou como se tratasse do seu público do costume.
Paulo Furtado entrou em palco num silêncio absoluto. A sala era pequeníssima e estavam cerca de 40 pessoas presentes, o que poderia intimidar qualquer músico com o mesmo conceito do Tigre. De facto, ao fazer os agradecimentos iniciais a voz acusava algum estado de inquietação; no entanto, mal começou a actuar todo o nervosismo se dissipou. Dialogou com o público, mandou uma ou outra piada e demonstrou como se alia o espírito rock'n'roll à sensualidade dos blues. O resultado é singular e incomparável.
Os vídeos de tom provocatório, à medida do som e da postura de Furtado, tratavam-se de curtas-metragens da autoria de vários cineastas portugueses, como Edgar Pêra, Pedro Maia, Dario Oliveira e Paulo Abreu. O palco ficava, assim, totalmente preenchido e o Tigre mostrou que continua a ter garras para impressionar no panorama musical, nacional e internacional.

Data: 6 de Julho 2006
Entrada Gratuita

Welcome to Sinfonias na Invicta

Sejam bem-vindos ao Sinfonias na Invicta, que surge com o intuito de partilhar os meus sentimentos em relação a espectáculos e eventos (como o próprio nome do blog indica) na cidade do Porto. Não se trata de crítica musical, mas sim duma simples análise desses próprios eventos culturais que todos os dias dinamizam a cidade. Qualquer crónica que faça será inevitavelmente subjectiva, mas tentarei ao máximo reproduzir o ambiente que se sentiu.

Espero que respeitem a minha opinião, tal como eu irei respeitar a vossa.
Obrigada e bons espectáculos!