Saturday, June 30, 2007

Rock às Sextas

De 6 de Julho a 17 de Agosto, regressa a 2ª edição do "Rock às Sextas", semanalmente, na Praça Super Bock, no Cais de Gaia. A iniciativa é levada a cabo pelo Pelouro da Cultura e pelo Património e Turismo de Vila Nova de Gaia. A verdade é que o festival está de volta, o "rock" é que nem por isso. (Não que em anos anteriores se tenha dado preferência a este género).

O grupo de Hip-Hop Mundo Secreto terá as honras de iniciar a animação no espaço. Uma semana depois será Loto. Dia 27, Mercado Negro (oh ohh "do rock"...) Na primeira semana do mês de Agosto, apenas haverá um Dj Set de Souls of Fire. Dia 10, Oioai e, por fim, Wraygunn a terminar mais um "Rock às Sextas".

Sim à dinamização cultural, mas com Rock, por favor, ou então mudem o nome do projecto.

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Wednesday, June 27, 2007

The Cesarians @ Plano B

Em primeiro lugar, há que pedir desculpas pelo atraso desta crónica, mas em tempo de exames tudo se torna ainda mais complicado.

Digamos que não foi barato trazer The Cesarians ao Porto. O "profissionalismo" típico de jabardice inglesa podia ter sido evitado também. Era mais ou menos 1h30 quando a banda chegou de jantar, com os Dj's que iriam aquecer o resto da noite - Lady Bambi e Dj Witchell, com o seu projecto Wonderland Club. O concerto era suposto começar à meia-noite, mas a essa hora o técnico de som ainda nem sabia do paradeiro dos The Cesarians. Nada a que não estejamos habituados, mas há quem trabalhe...


Na sala palco do Plano B, o ambiente tornou-se imediatamente um cabaret, com muito charme, tons vibrantes e boa disposição. Mais aprumado do que o costume, Charlie Finke, vocalista não só de The Cesarians, mas também de Blood Safari, saiu do palco inúmeras vezes, rebolou, dirigiu-se ao público directamente, com uma garra própria do seu espírito mais punk e rockeiro.

O glamour simplesmente primou.


Com alguma declamação, numa actuação algo teatral, as deambulações rítmico-melódicas cativaram os presentes em pouco tempo.

The Wonderland Club dispensa apresentações. Irreverentes. Só mesmo assistindo.

Aqui fica um mini-vídeo da actuação:


Fotos por: Sara Santos Silva

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The Cesarians

"The spirit of rock & roll has hauled himself out of bed. He's called up his demons, put on his best black suit, and returned to the city's dark places. His new playmates are The Cesarians.

Not since The Birthday Party crashed and burned in Berlin, have the twisted sounds of old style decadence been pumped so intensely through distorted amplifiers. London scenesters looking for a scene free of recycled rock, have found expression in The Cesarians cabaret world.

Had rock and roll been born in 1930's urban Europe, and not 1930's rural America, it would have been like this; part Kurt Veil, part Jacques Brel, part Ernst Kirchner, part klezma. Looking like a band formed in the mind of George Grosz, The Cesarians capture the urban zeitgeist via the junk shop instruments of old Europe. In their hands, a clarinet, trombone, piano, and drums beaten in waltz time, make raw and raucous rock and roll.

Over this beautiful chaos Charlie Finke preaches his own intense message. "I wanna be a woman" he screams on his knees, the grease in his Weimar haircut forming a quiff.

The Cesarians are playing the city's night clubs. Rock and roll's demons are loose."

Johnny Dark

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Friday, June 22, 2007

Mais novidades das Noites Ritual 2007

12.06.2007
CLÃ E DAVID FONSECA NAS NOITES RITUAL
Estão confirmadas as sempre desejadas Noites Ritual, festival realizado no Porto (Jardins do Palácio de Cristal) nos dias 24 e 25 de Agosto.
Com organização da Porto Lazer, e Produção Executiva da Xinfrim, o evento tem já o seu programa delineado, que como sempre não passa só pela música.
Assim, pode-se já anunciar a presença dos CLÃ e DAVID FONSECA a 24 e 25 Agosto respectivamente.
Como sempre o preço do bilhete será simbólico e válido para os dois dias de “festa”, que irá contar com 12 bandas nacionais.
Brevemente mais informações serão dadas.

08.06.2007
CONCURSO FOTOGRÁFICO AMADOR - NOVOS TALENTOS WORTEN 2007
As Noites Ritual com o patrocínio da Worten, organizam o Concurso Fotográfico Amador – Novos Talentos Worten 2007.
Concurso aberto a todos os amantes de Fotografia, com idade compreendida entre os 16 e os 30 anos, amadores, sem carteira profissional de fotógrafo e residentes em Portugal.
Os interessados podem efectuar o download do regulamento e respectiva ficha de inscrição em www.noitesritual.com.
A data limite de recepção dos trabalhos até de 13 de Julho de 2007 e os 3 primeiros classificados serão premiados da seguinte forma:

1º Classificado:
- 1 Máquina Fotográfica Profissional;
- Inclusão dos trabalhos apresentados na exposição fotográfica inserida na programação das Noites Ritual 2007, que terá lugar na sala VIP do Pavilhão Rosa Mota nos dias 24 e 25 de Agosto;
- Acesso aos bastidores e à frente de palco das Noites Ritual 2007, como fotógrafo convidado com oferta de estadia e alimentação.

2º Classificado:
- 1 Máquina Fotográfica Digital

3º Classificado:
- Material Fotográfico

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Thursday, June 07, 2007

Entrevista a Adolfo Luxuria Canibal



Ao menos entrevisto melhor que o Carriço, yey!

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A minha primeira entrevista a Mão Morta

Os Mão Morta estrearam recentemente um espectáculo alicerçado numa obra polémica que juntou música, teatro, vídeo e declamação. Adaptaram, assim, “Os Cantos de Maldoror”, de Isidore Ducasse, sob o pseudónimo de Conde de Lautréamont, livro fetiche da banda há muitos anos.


AG - Quais foram os critérios de selecção dos excertos?

MM - A ideia foi abarcar algumas das características literárias da obra e simultaneamente o seu ambiente negro. Assim, escolheram-se excertos que espelhavam a indefinição de vozes entre narrador, personagem e autor, outros que patenteavam a ironia e o distanciamento da escrita, outros que introduziam técnicas como a repetição, a colagem, o automatismo, outros ainda que gozavam com os clichés do romantismo – as comparações, o vampirismo, a morbidez… No entanto, tendo em mente não ultrapassar os limites do suportável, quer em duração quer em concentração, mas mantendo o carácter fragmentário do livro, optou-se ainda por escolher matéria que fosse também susceptível de ser transformada em brincadeira infantil, plasticamente manobrável.



AG - Enquanto umas partes foram apenas declamadas, outras foram musicadas. Porquê essa distinção?

MM - Todas as partes foram musicadas. Mesmo o excerto da “Poção”, que é o que mais se aproxima da declamação a seco, tem um som de fundo. Por outro lado, apenas o excerto da “Porcaria” apresenta algumas características próprias de canção, como o refrão.

AG - Visto terem adiado muito tempo a adaptação da obra, porque é que sentiram que esta era a melhor altura para concretizar este projecto?

MM - Nós nunca adiamos a ideia deste espectáculo. Começou por ser uma ideia do Miguel Pedro, que demorou muito tempo – oito anos – a conseguir convencer o resto do grupo… Eu pessoalmente achava muito difícil sacar do livro Os Cantos de Maldoror, pela sua complexidade, uma outra obra que, sem trair a original, fosse artisticamente interessante. E efectivamente foi difícil, sobretudo encontrar o mecanismo que permitiu passar do universo e da linguagem literária, que faz toda a riqueza dos Cantos, para um outro universo e outra linguagem, neste caso musical e performativa. Nisso gastei quase um ano, numa aparente letargia improdutiva. Aproveitando o facto dos Mão Morta, no final de 2005, terem decidido repousar uma temporada, o Miguel Pedro conseguiu o anuimento colectivo para, nesse entretanto, se pensar em fazer a adaptação do livro para palco – concordância que foi mais para calar o Miguel Pedro do que para trabalhar a sério no assunto, até porque não existiam condições materiais que permitissem concretizar tal transposição!... No entanto, o Paulo Brandão, mal foi indigitado programador do novo Theatro Circo, convidou-nos a apresentar um espectáculo especial para a inauguração da sala e de repente o Maldoror – por nós proposto porque, depois do sim ao Miguel, era o que tínhamos em mão – tinha pernas para andar e uma obrigação em ser feito… Ainda foi adiado, por absoluta impossibilidade de o ter pronto na data prevista (Outubro de 2006), primeiro para Dezembro desse ano e depois para Fevereiro de 2007, mas finalmente estreou em Maio.


AG - “Os Cantos de Maldoror” é um livro que obriga a muita reflexão posterior e até a várias leituras. O que realmente desejam que este espectáculo fomente nos espíritos a que ele assistem?

MM - Àqueles que conhecem o livro, que tenham a sua experiência sensorial. Aos outros, que nunca leram ou nunca ouviram sequer falar de Os Cantos de Maldoror, que lhes desperte a curiosidade para nele se aventurarem…



AG - Particularmente nos excertos escolhidos reina o caos, o absurdo, a animalidade. Em termos musicais, como reuniram o rock com a electrónica para transmitir essa esfera aparentemente anárquica?

MM - O Miguel Pedro, autor da quase totalidade das músicas, seria a pessoa ideal para responder… Posso apenas adiantar que houve a preocupação em reflectir musicalmente algumas das características literárias: a repetição, o desvio, a manobra de diversão… E, claro, criar o ambiente pretendido para cada um dos quadros!


AG - Neste livro, não há uma narrativa, mas sim pedaços narrativos que se entrechocam, num turbilhão descritivo e dialogístico. Acabaram por dar unidade através de um cenário próprio e um figurino característico e animalesco. Podem descrever-nos esse ambiente e o trabalho desenvolvido pelo António Durães e pela Cláudia Ribeiro?

MM - O ponto de partida, o tal mecanismo que permitiu passar do nível literário do livro para a linguagem performativa e musical do palco, foi achar o personagem criança, com a sua capacidade inata de transmutação quer dos objectos quer da narração, sobretudo das vozes da narração, e assim fazer confluir toda a dispersão narrativa (e que é uma característica do próprio livro) para um espaço fechado, que é o quarto de brinquedos ou de brincadeiras, o que permitia dar unidade ao caos e suster a fragmentação desordenada que essa dispersão narrativa tenderia a provocar – no livro, essa unidade é conseguida pelo turbilhão da própria escrita, que nos remete para um centro sempre fugidio, uma espécie de olho de furacão que nos suga em permanência, efeito impossível de transpor para palco. Encontrada a criança e o quarto de brinquedos, o trabalho dos diversos intervenientes foi o desenvolvimento, nas respectivas áreas, de algumas características que consideraram mais interessantes ou apelativas. A Cláudia Ribeiro, por exemplo, explorou nos figurinos a estética Manga que está hoje omnipresente em qualquer espaço infantil, seja através da banda desenhada, dos filmes ou dos jogos electrónicos. Já o António Durães, sempre com a produção à perna para lhe controlar os custos, fez malabarismos para explorar a ideia de duplicidade, do fora e dentro, que é algo presente no livro e também na imaginação infantil, recorrendo ao vídeo e às suas possibilidades falaciosas e fabuladoras para acentuar essa dupla realidade.

AG - Quanto à multimedialidade inerente ao espectáculo, também pretendeu traduzir essa interacção que Isidore Ducasse criava com o leitor?

MM -
O vídeo participa, por um lado, na criação das múltiplas vozes que se digladiam no livro – narrador, personagem, autor, pseudónimo – e também no espectáculo, funcionando como mais uma voz, e cumpre o papel, por outro lado, de duplicador do real, quer distorcendo-o pela ampliação de pormenores, quer mostrando o invisível porque imaginado ou porque fora do espaço ou do tempo da acção, e ainda, ao interagir, pela sua presença, com as brincadeiras da criança e com as vozes que assume, rompe o ténue véu que separa as duas realidades – como no entrecruzar de dois espaços-tempo – e concorre para o clima de estranheza que se quer instalado.


AG - Afirmaram que iria sair um DVD dependendo das gravações dos espectáculos. Sempre vai sair como estava previsto, ou vai ganhar outros contornos?

MM - Há-de sair um CD e um DVD. Tanto os espectáculos como as gravações e as filmagens correram bem, pelo que não há motivo para esse material não ser editado. O CD sairá provavelmente ainda este ano, talvez em Setembro, numa edição limitada, a exemplo do que aconteceu com o CD do Müller no Hotel Hessischer Hof. O DVD sairá só depois de acabadas as apresentações do espectáculo, em 2008, uma vez que continuam a ser filmadas as deslocações e todo o ambiente da sua montagem, com vista a um documentário que acompanhará como extra o filme do espectáculo propriamente dito.


AG - O que diria Isidore Ducasse sobre este espectáculo?

MM - Não faço a mínima ideia.


AG - Sentem que evoluíram desde “Müller no Hotel Hessischer Hof”, o primeiro espectáculo dos Mão Morta a partir de uma adaptação literária, ou são apenas representações de almas diferentes?

MM - A evolução é uma constante da vida e mau era se isso não tivesse acontecido, a todos os níveis, num período de dez anos! Os graus de exigência do Müller no Hotel Hessischer Hof e deste Maldoror são completamente diferentes e a consciência disso levou-nos a chamar outros intervenientes para a criação deste espectáculo – e só o facto de termos consciência da necessidade de nos rodearmos dos talentos de outras pessoas para levarmos a bom termo este projecto já é, em si, um sinal de evolução. O Müller no Hotel Hessischer Hof foi um trabalho que se baseou muito na intuição e que felizmente correu bem, mas a intuição não era suficiente para dar resposta às exigências e aos problemas que levantava o Maldoror, havia que recorrer a conhecimentos técnicos e capacidades específicas, nomeadamente na área da encenação, para, no mínimo, alcançar o mesmo grau de satisfação artística obtido com o Müller no Hotel Hessischer Hof. E agora, que o espectáculo estreou e tem sido um êxito, torna-se ainda mais evidente que o resultado não teria sido alcançado sem a competência e a sumidade do António Durães, da Cláudia Ribeiro, do Pedro Tudela ou do Nuno Tudela.



AG - O Theatro Circo, em Braga, está a funcionar com um pólo cultural agregador. Pensam que as pessoas estão mais atomizadas e que estes espectáculos podem ser uma forma de alimentar o espírito crítico? Sentem que, hoje em dia, nos falta uma espécie de “Conferências do Casino”? O que se pode fazer contra o marasmo cultural?

MM - A única opção é fazer: música, teatro, pintura, pouco importa a área, importa é fazer! E ver o que os outros fazem, aprender com eles – aprende-se sempre, quanto mais não seja pelo negativo. Só a vontade inquebrável em fazer, e em mostrar o que se faz, pode derrotar a atomização social e o marasmo cultural e, qual mancha de óleo, alastrar pelo colectivo o desejo da participação.


AG - Por fim, o que pensam do projecto AGaragem.com, como site de divulgação e promoção de bandas de garagem?

MM - Bem, pensamos bem!


Entrevista: Sara Santos Silva

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A revolução... não passa na televisão


Os Peste & Sida vão regressar com lançamento de um album novo de originais em Outubro.

Os Peste & Sida estão de volta. 8 anos depois, a banda de "Sol da Caparica" está prestes a editar um novo álbum. Nos últimos tempos, os Peste & Sida têm estado em estúdio (em Linda-a-Velha) a gravar aquele que será o 5º álbum de originais da banda, que deverá chegar às lojas em Outubro.

Desta vez, a formação dos Peste & Sida inclui, além de João San Payo, os guitarristas João Alves e Orlando Cohen e conta também com a colaboração do baterista Marte Ciro.

fonte: Antena3


Ontem, actuaram no Porto-Rio, hoje, Fnac's do Porto.

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