Tuesday, December 05, 2006

Rodrigo Leão apresenta em disco duplo o seu "mundo"

Rodrigo Leão lançou, dia 20 de Novembro, um duplo álbum - "O Mundo (1993-2006)". Mais do que um "best of", o disco relembra o vasto percurso musical do compositor. De facto, a unicidade e originalidade do artista perpassa os 27 temas que integram este álbum.
O single de apresentação do disco é “Voltar”, um tema inédito que conta a história de um amor perdido, em tom agridoce, cantado por Ana Vieira.

O videoclip desta música também já foi lançado. Para este registo, foram regravados temas originais, como "Carpe Diem", "Amatorius" ou "Ave Mundi Luminar", e apresentadas músicas inéditas.

Com efeito, o álbum, que inicia logo com uma canção em português – Rua da Atalaia -, engloba, ainda, temas presentes em discos de homenagem (como por exemplo “A Janela”, de “Movimentos Perpétuos - Música para Carlos Paredes”), e temas compostos para outros projectos dos quais fez parte - "Tardes de Bolonha", composto para Madredeus, e "Ascensão", para Sétima Legião.

O bilhete de identidade desta colectânea mantém-se fiel ao passado, mas, ao mesmo tempo, evolui, no sentido em que agrupa, num todo coerente, composições distintas: umas luminosas e envolventes, com melodias quase sagradas, outras marcadas por sonoridades sombrias e, até mesmo, industriais.
O resultado é único: uma oportunidade, em formato duplo, para relembrar as mais sinceras atmosferas sonoras criadas ao longo dos 13 anos de carreira em nome próprio de Rodrigo Leão.

Antes de se aventurar numa carreira em nome próprio, Rodrigo Leão foi membro de dois grandes marcos no panorama musical português: Sétima Legião e Madredeus. A primeira banda, apesar de um pouco desprezada na altura, teve um papel preponderante no âmbito do pop/rock nacional da década de 80. Madredeus dispensa apresentações: das bandas mais reconhecidas quer em Portugal, quer a nível internacional.
Em 1993, o músico editou o seu primeiro registo sob o nome de Rodrigo Leão & Vox Ensemble - "Ave Mundi Luminare". Dois anos depois, lançou um EP, exclusivamente editado na Península Ibérica - "Mysterium". Foi precisamente nessa altura que Rodrigo Leão abandonou, arriscadamente, os Madredeus. Passando para estéticas sonoras mais densas e algo teatrais, compõe, em 1996, "Theatrum". Em 2000, surgiu um dos discos mais marcantes da carreira do músico - "Alma Mater". Com este registo sonoro conseguiu levar a sua obra a um maior número de ouvintes. No ano seguinte, sai "Pasión", gravado na Aula Magna de Lisboa. Por fim, "Cinema" é editado em 2004 e as vendas valeram-lhe um Disco de Ouro.

Desde cedo que Rodrigo Leão desperta o interesse dos melómanos mais atentos, assim como de artistas estrangeiros, nomeadamente Adriana Calcanhoto, Beth Gibbons e Ryuichi Sakamoto, entre muitos outros. Partindo de conceitos, como o da 7ª Arte, que serviu de ponto de referência para "Cinema", resultando numa espécie de banda sonora de filmes que marcaram o compositor; o do canto lírico em Latim, nos primeiros álbuns; até da arte teatral, Rodrigo Leão, que já pisa os palcos há mais de vinte anos, tem encontrado sempre novas maneiras de construir uma canção, novas influências conceptuais, musicais e estéticas que conferem à sua discografia uma nova sonoridade, sem renegar a sua identidade musical.

O próximo concerto de Rodrigo Leão conta com a presença do músico italiano Ludovico Einaudi no Teatro Municipal São Luiz, em Lisboa, já no dia 28. Todavia, para se saborear esta colectânea em dose dupla, só em Fevereiro de 2007.

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